O AUTOR DO
LIVRO: MÁRIO QUINTANA
Mário Quintana nasceu em Alegrete, no dia 30
de julho de 1906. Em 1919 mudou-se para Porto Alegre, onde morou até o fim da
sua vida, em 05 de maio de 1994. Por muito tempo trabalhou como jornalista, mas
sua grande paixão sempre foi escrever.
Publicou mais de quarenta livros, dedicados a
todos os públicos, do adulto ao infantil. Recebeu vários prêmios, comprovando
sua importância para a Literatura gaúcha e brasileira.
SIGNIFICADO DO TÍTULO: PÉ DE PILÃO
O Livro infantil Pé de Pilão, de Mário Quintana, com seus versos engraçados e cheios de ritmo, tem seu nome inspirado na seguinte quadrinha popular:
“Pé de pilão,
Carne seca com feijão.
Arreda camundongo,
Pra passar o batalhão!”
(Mário Quintana)
Suas rimas são agradáveis e
divertidas, fáceis de serem trabalhadas nas séries iniciais, de uma forma
lúdica para as crianças.
A
palavra PILÃO refere-se a um objeto geralmente feito de madeira, em formato
arredondado, que é usado para socar, esmagar, triturar grãos, sementes e outros
alimentos como: milho, café, amendoim, arroz, preparar a farinha de mandioca, entre
outros.
RESUMO DA HISTÓRIA
PÉ
DE PILÃO
(Mário
Quintana)
Na
Floresta Encantada morava um menino chamado Matias e sua avó chamada Alice.
Certo dia, eles estavam andando pela floresta e encontraram a Fada Mascarada,
que na verdade, era uma bruxa.
A
Fada Mascarada ofereceu um doce para Matias e ele, muito guloso, logo comeu. O
doce estava enfeitiçado e o menino se transformou em um pato.
A
avó veio ver o que estava acontecendo e a Fada Mascarada lhe jogou um pó. Este
pó tinha um feitiço que transformou a bela e jovem vó Alice, em uma mulher
velha e feia.
A
avó e o neto não se reconheceram mais... Pela floresta escura saíram a procurar
um pelo outro. No caminho, o pato se perdeu e depois de andar a noite
inteirinha, foi parar em um lago na cidade.
Enquanto
nadava, foi visto por três meninas muito arteiras. Uma delas era filha do
prefeito e se chamava Rosa. Ela agarrou o pato e levou-o para casa, dando-lhe
um lar e boa comida.
Rosinha
era aluna do professor Dom Galaor, que gostava muito de ensinar matemática.
Certo dia, o professor resolveu tomar a tabuada e perguntou para a menina: “Sete
vezes nove?”. Ela ficou nervosa e não soube responder.
O
pato estava na sala e assoprou o resultado: “Sessenta e três!” Assim descobriu
que podia falar. Bem de tardezinha, no jardim da casa de Rosa, combinou com a
andorinha Margarida, que lhe traria um retrato para ser levado até a casa da vovó
Alice.
O
patinho cheio de esperança, contou sua triste história para Rosinha e falou do
desejo de tirar um retrato para mandar para sua avó. Lamentou não ter sapatos
para tirar o tal retrato. A menina ficou com pena e entregou-lhe os sapatos que
usou no batizado. Mas pediu que deles, tomasse cuidado!
O
pato, muito feliz, procurou o Macaco Retratista para enfim tirar uma foto!
Quando o macaco bateu o retrato, saiu um passarinho, muito estranho,
coitadinho! Tinha três penas no topete, sete penas no rabo e um guizo na ponta
de cada pena.
O
pato, o passarinho e o macaco começaram a discutir por causa do retrato. Nesse
momento, passou um policial, que era um cavalo montado em outro cavalo, e ouviu
a discussão. Pensou que era uma briga, entrou na casa e prendeu todos de uma
vez só. Amarrou os três brigões para leva-los até a prisão.
O
caminho era longo e cheio de perigos. A barriga de fome roncava, pois para
comer, não havia nada. O passarinho tilintava os guizos de suas penas,
produzindo uma bela melodia, que aliviava tanta tristeza.
Mas
na beira da estrada, enrolada no galho de uma árvore, uma cobra cascavel
observa os viajantes. Sentiu inveja dos guizos do pássaro e preparou o bote
para matar o bichinho. O Macaco Retratista, de longe enxergou a cobra e
pressentiu sua maldade. Conseguiu dar um golpe na cobra e com um canivete, lhe
cortou a cauda.
Aproveitando
a confusão, o macaco também cortou a corda que prendia os prisioneiros ao cavalo
do policial. Ficaram livres daquelas amarras, e então, o pato, o passarinho e o
macaco saíram em disparada, correndo pela estrada.
Ao
anoitecer, os três fugitivos encontram uma pequena capela, na beira da
floresta. Muito exaustos, entraram para se esconder e descansar. Lá encontraram
uma imagem de Nossa Senhora e se sentiram protegidos pela mãe do Bom Menino.
No
meio da noite, o passarinho acordou assustado com um barulho e um vulto
mal-intencionado. Pensou que vinham roubar o manto da Nossa Senhora, tilintou
seus chocalhos e o ladrão fugiu em disparada, sem entender mais nada. O
passarinho se sentiu um herói e adormeceu feliz. Tanto que nem viu quando uma
velhinha feia e torta entrou pela porta.
Ela fez
uma oração para Nossa Senhora, pedindo de volta o seu netinho. Estava tão
desesperada, que rezando adormeceu. E de manhã bem cedo, o milagre aconteceu: o
pato voltou a ser menino, a vovó voltou a ser jovem e forte. E finalmente a
vida de todos voltou ao normal!
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